12 de abril de 2011

"Cabaré" ou "Homem-Bomba Brasileiro"

Desafio enviado por Mari Lacanna: escrever um texto sobre "cabaré". Como somente o tema era sugestivo, decidi usar e abusar de minha "nonsensualidade". Espero que gostem de minhas inutilidades.


Estávamos em um cabaré. Eu e meu tio avô. Tomávamos um drinque para relaxar depois de um dia intenso de negócios. Pois éramos sócios. Eu tomava meu Martini e ele sua Cuba Libre com Coca Diet e sem Rum. Nesses dias de hoje ninguém sabe mais o que nos espera... diabetes, hipertensão, genocídio, terremoto, alerta nuclear... até o meu computador "pegou" vírus. Mas era melhor esquecer essas ameaças contra nossa sanidade sócio-mental e aproveitar a boa música, as mulheres, a noite.
De repente, entrou um homem-bomba no recinto. Pegou uma das dançarinas como refém. Ele vestia um sobretudo pardo, chapéu preto de veludo, calças pretas e sapatos de couro preto. Reclamou que sua revolta era fruto de todos os fracassos obtidos em sua vida.
Com uma pistola na cabeça da dançarina começou a rodar pelo salão contando toda a sua história. Falou dos apelidos do colégio, do primeiro emprego, do time de futebol que não tinha ao menos um título da Copa Libertadores da América, da única quase-namorada... esse sim era o motivo de sua amargura.
Disse que, antes que aqueles explosivos consumissem a matéria viva que existia em seu ser, queria ter uma noite de amor com a dama que fazia refém. Empolgado, roubou a bebida de meu tio avô e praguejou a falta de álcool e o amargo dos adoçantes do refresco dietetético.
O final com certeza vocês já sabem. Ele não teve sexo com a moça, chorou depois de falar do Corin... quer dizer, do seu time pela terceira vez, se embebedou no bar do cabaré, as bananas não estavam conectadas, o starter do explosivo falhou.

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