Geraldo era seu nome. Mas, desde a época do primário, seu apelido fora Geraldinho. O motivo é que Geraldo é anão. Órfão de mãe e pai, com doze anos foi morar na casa de duas tias beatas e solteironas. Aprendeu como ganhar a vida e superar os problemas financeiros que a vida moderna nos trouxe de herança.
"Quer gelo e limão, senhor?"
"Não, só Coca!"
O trabalho de balconista de boteco nunca foi seu maior talento, mas a paciência era um atributo que favorecia a compreensão e a relação com os pobres diabos que tinham o balcão do bar como seu refúgio. O único problema, o de sempre em todos os botecos do mundo, são os embriagados esquecidos das suas responsabilidades sociais... Como já dizia nosso caro presidente Lula, 'bar de pobre vive cheio de bêbado'. A noite cega funcionava como um atrativo para as almas penadas dos bêbados da região.
"Alô, seu Jorge?"
"Diga, Geraldinho..." disse seu patrão com uma voz meio aborrecida, meio entediada.
"O ex-marido da Judite, sabe? Aquele bebum, está aqui de novo e..."
"Caralho!!! Como vocês deixaram esse fanfarrão entrar no meu boteco outra vez, hein?"
"É que ele pagou a primeira cachaça, pois tava cheio de dinheiro no bolso. Mas a segunda ele mandou por na conta da ex-patroa e agora quer uma Co..."
"Seu anão de merda! Sempre soube que você não servia para nada!"
E lá se vai mais um conto de terror...
E não é que ele escreveu sobre o anão maldito?rs
ResponderExcluirObrigada. . .
ResponderExcluirNão são de autoria da minha mãe. . .
Ela está morando aqui em Ubatuba desde fevereiro
e se apaixonou como todos que vem pra cá. . .
Obrigada pela visita Beijos**