"Olá..." Respondeu ele, num tom de desconfiança.
Peguei primeiramente os itens que sabia poder pagar e fui passando-os para o rapaz do caixa. A caixa de nuggets, o requeijão, o refrigerante de guaraná, o pacote de batatas-palha, o arroz, os tomates. Deixei aqueles produtos por último. Me sentiria muito desconfortável se ele percebesse.
Para uma madrugada de quinta-feira o supermercado estava cheio. O relógio analógico marcava uma hora e trinta e dois minutos. A fila do caixa-rápido estava lenta e cheia, como sempre. Nas prateleiras, a novela, o futebol e as mulheres nuas da moda pediam para ser comprados. No ar ao redor da fila, a festa e a rotina saiam como que automaticamente cuspidas por robôs programados.
Felizmente consegui pagar os últimos itens. São raras as vezes que me dou o luxo de colocar os produtos na cesta sem ao menos me preocupar com as contas. O livro, os tubinhos de morango, a caixa de DVDs vieram para casa comigo.
As vezes diante de tantas coisas normais, olho ao redor e me sinto estranho. Mal as vezes. Consigo ver nos carrinhos alheios a garrafa de aguardente, a carne para o churrasco, o pacote de papel-higiênico. Coisas de um cotidiano comum. De um ponto de vista um tanto quanto introspectivo penso: para quê tanta futilidade? Como todo e qualquer ser humano, me sinto mais, menos, maior, menor... E me esqueço que do outro lado, estão pensando (no mínimo) o mesmo.
"Nota fiscal paulista, senhor?"
"Desculpe... não precisa. Obrigado!" Respondi, sem graça. Tem horas que o pensamento vaga, longe e sem direção. Uma vez ouvi dizer que a interpretação dos fatos é uma visão estreita e distorcida da realidade, como o anfitrião olhando pelo buraco da porta os seus convidados chegarem. Desta forma, mas com muito senso crítico e com muita vontade de ser o mais nú e crú possível, com o intuito de registrar as viagens de uma mente qualquer (no caso, a minha), com muito orgulho e com quase nenhum leitor que dou início a este blog!
Para uma madrugada de quinta-feira o supermercado estava cheio. O relógio analógico marcava uma hora e trinta e dois minutos. A fila do caixa-rápido estava lenta e cheia, como sempre. Nas prateleiras, a novela, o futebol e as mulheres nuas da moda pediam para ser comprados. No ar ao redor da fila, a festa e a rotina saiam como que automaticamente cuspidas por robôs programados.
Felizmente consegui pagar os últimos itens. São raras as vezes que me dou o luxo de colocar os produtos na cesta sem ao menos me preocupar com as contas. O livro, os tubinhos de morango, a caixa de DVDs vieram para casa comigo.
As vezes diante de tantas coisas normais, olho ao redor e me sinto estranho. Mal as vezes. Consigo ver nos carrinhos alheios a garrafa de aguardente, a carne para o churrasco, o pacote de papel-higiênico. Coisas de um cotidiano comum. De um ponto de vista um tanto quanto introspectivo penso: para quê tanta futilidade? Como todo e qualquer ser humano, me sinto mais, menos, maior, menor... E me esqueço que do outro lado, estão pensando (no mínimo) o mesmo.
"Nota fiscal paulista, senhor?"
"Desculpe... não precisa. Obrigado!" Respondi, sem graça. Tem horas que o pensamento vaga, longe e sem direção. Uma vez ouvi dizer que a interpretação dos fatos é uma visão estreita e distorcida da realidade, como o anfitrião olhando pelo buraco da porta os seus convidados chegarem. Desta forma, mas com muito senso crítico e com muita vontade de ser o mais nú e crú possível, com o intuito de registrar as viagens de uma mente qualquer (no caso, a minha), com muito orgulho e com quase nenhum leitor que dou início a este blog!
E pelo, outro, buraco da porta vejo uma mente brilhante interpretando a vida, os fatos, o cotidiano!
ResponderExcluirAh!Gostei das suas compras, quer dividir o carrinho comigo?
Nenhuma leitora
Bela Maneira de começar um blog!
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