Não sei muita coisa. Mas sei que sou menos do que imagino.
Uma estatística diz que mais de oitenta por cento das palavras que ouço no meu dia são um "não", um "obrigado" ou um simples balanço negativo com a cabeça. Sinceramente, eu não sei quanto é oitenta por cento, aliás, não sei fazer contas. Meus dias de escola foram só aqueles em que minha mãe me colocava na creche para não ter que cuidar de mim. Isso durou até o dia em que me abandonou.
Como posso ser otimista, pensar no futuro se o meu presente é composto por "não!"? Tudo o que faço ouço um não. Bala de goma, amendoim quentinho, limpeza do vidro, pedido de ajuda pelo amor de Deus, não, não, não, não.
Outra coisa que também não sei o que é, é a auto-estima. Só sei que não tenho. A noite, no meio do frio, sonho com uma coisa: ser alguém. Nem que este alguém seja um cadáver. Pois pelo menos ajudarei todos aqueles moços com um carro bonito a estudar e ser alguém melhor que eu na vida.
bueno. muy bueno.
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